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No Ney Braga, da vida no campo ao empreendedorismo

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Conceição começou com a “Quitanda JB”, no Ney Braga (Foto: Wesley Bischoff)

Conceição começou com a “Quitanda JB”, no Ney Braga (Foto: Wesley Bischoff)

Da tranquilidade no campo para a vida agitada na cidade. Foi assim que as  moradoras do conjunto residencial Ney  Braga, região oeste de Maringá, Conceição  Catabriga Brenzan, 59, e Zelinda Sipriano  Simião, 65, construíram histórias de vida parecidas. Ambas moravam no sítio e se mudaram para a cidade, tornando-se  empreendedoras.

Conceição, dona da  “Quitanda JB”, conta que se mudou para o conjunto residencial Ney Braga na década de 80, quando o bairro ainda não era estruturado. Antes, ela morava no sítio, na zona rural de Iporã (distante 212 Km de Maringá), onde sobrevivia das plantações de arroz e café. Decidiu se mudar para a cidade com o marido e o filho em busca de melhores condições de vida. “Naquela época os moradores rurais estavam se mudando para a cidade e, como tínhamos parentes em Maringá, eu e meu marido nos mudamos também”, diz.

De acordo com Conceição, assim que se mudaram, enfrentaram muita dificuldade, pois a família sobrevivia do salário do marido e das vendas da horta que ela mesma plantou no quintal de casa. “Fiz a horta e comecei a vender para os vizinhos e depois não parei mais.” Logo depois, ela conseguiu montar uma venda ao lado de casa e, com o tempo, o negócio foi crescendo. Começou a conquistar clientela e tirar o sustento da família apenas desse empreendimento.

Para se tornar um empreendedor é preciso disciplina, dedicação e muito planejamento

No artigo Migração rural–urbana, agricultura familiar e novas tecnologias, Eliseu Alves, funcionário da Embrapa de Brasília, argumenta que a troca dvida no campo para o caos da vida urbana oi um dos principais fatores para o aumento das taxas de urbanização, a evolução dos mercados urbanos e a industrialização.

Hoje Conceição Brenzan comenta que além da venda, aberta de domingo a domingo, tem outros três pontos comerciais no bairro já alugados e, mesmo com tanto trabalho, não abre mão de viajar e conhecer novos lugares. “Quando estou fora, meu filho cuida de tudo, sempre viajo para descansar.”

Já Zelinda Sipriano Simião, também moradora do bairro, não para um segundo. Aos 65 anos, é dona do salão de beleza “Labelle”. Mesmo sendo a patroa, sempre está com a mão na massa. Abre o comércio de segunda a sábado, para atender a fiel clientela. “Morava em um sítio em Maringá e depois que me casei, resolvi mudar para o bairro com meu marido, que construiu o salão ao lado de casa”, resume Zelinda.

A professora de empreendedorismo e empresária Veridiana Duarte, explica que para se tornar um empreendedor é preciso disciplina, dedicação e muito planejamento. Além disso, para tornar-se bem sucedido, “é necessário focar no negócio, traçar estratégias a curto, médio e longo prazo”, diz.


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